sexta-feira, 28 de maio de 2010

O PERIGO DA LEI PLC-122

O perigo do PLC 122/2006
(um perigo mais iminente do que o da legalização do aborto)
A preciosa visita do Santo Padre Bento XVI ao Brasil ( 9 a 13 de maio de 2007) fez despertar a consciência pró-vida em nossa pátria e deixou constrangido o presidente Lula e o Ministro da Saúde José Gomes Temporão por seus posicionamentos favoráveis ao aborto. Para protestar contra sua legalização, já no dia anterior ao da chegada do Papa (8 de maio) uma multidão de cerca de 3000 pessoas reuniu-se em Brasília, na Praça dos Três Poderes portando faixas e cartazes.
No entanto, há um atentado à vida e a família bem mais iminente do que a legalização do aborto, e que tem suscitado tímidas reações entre os cristãos. Trata-se do projeto de incriminar a “homofobia”, ou seja, de punir como criminosos todos aqueles que criticam o homossexualismo.
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A história do projeto
No dia 07/08/2001, a deputada Iara Bernardi (PT/SP) apresentou na Câmara um projeto que “determina sanções às práticas discriminatórias em razão da orientação sexual[1] das pessoas”. Em 23/11/2006, ele foi aprovado pela Câmara e encaminhado ao Senado. Ao chegar ao Senado, o projeto recebeu o número PLC 122/2006[2] e, no dia 07/02/2007, foi encaminhado ao gabinete da Senadora Fátima Cleide (PT/RO), designada como relatora na Comissão de Direitos Humanos (CDH). No dia 07/03/2007, a relatora apresentou voto favorável à aprovação do projeto. A proposição já estava pronta para a pauta quando a relatora, em 15/03/2007, pediu a sua retirada para “reexame da matéria”. Foi uma retirada estratégica, pois o Senado estava recebendo várias mensagens de protesto. No entanto, o projeto pode ser votado — e aprovado — a qualquer momento. O presidente Lula tem especial interesse em sancioná-lo, uma vez que, quando candidato, dedicou 14 páginas a um caderno em que se comprometia promover o homossexualismo, caso fosse reeleito.[3] O perigo é iminente, mas parecemos estar “deitados eternamente em berço esplêndido”.
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O que já está acontecendo
Muito diferentes dos homossexuais que, angustiados, procuram o sacerdote para obter o perdão de seus pecados e o auxílio para abandonar seu vício, os homossexuais militantes orgulham-se de sua prática antinatural e têm sido autores de graves perseguições religiosas. Em 10 de abril deste ano, a BBC noticiou que o arcebispo de Gênova (Itália), presidente da CEI (Conferência Episcopal Italiana) foi colocado sob escolta policial depois de ter recebido ameaças de morte de ativistas homossexuais.[4] Na Inglaterra, o bispo anglicano de Hereford, Anthony Priddis, está sendo processado por ter-se recusado a empregar um homossexual declarado (lá foi aprovada a “Lei de Orientação Sexual”, semelhante àquela que nosso presidente pretende sancionar).[5] Na Suécia, em julho de 2004, o pastor Ake Green foi condenado a um mês de prisão por ter feito um sermão contra o homossexualismo.[6] No Brasil, em 2004, o arcebispo emérito do Rio de Janeiro Dom Eugênio Sales foi ameaçado com uma enxurrada de processos vindos de homossexuais, incomodados por artigos de jornal que criticavam suas condutas.
Logo no primeiro dia da visita do Santo Padre ao Brasil (09/05/2007), “cerca de 350 integrantes de movimentos de gays e simpatizantes da Bahia, liderados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) [...] ocuparam as escadarias da Catedral da Sé, no Centro da Capital Baiana, e queimaram uma foto ampliada do pontífice. Além disso, promoveram um apitaço, estendendo faixas com mensagens de protesto contra a presença do pontífice. Na maior das faixas, lia-se: ‘Papa Bento XVI, chega de inquisição! O amor não tem sexo!’.”[7]
O governo Lula tem empregado maciçamente o nosso dinheiro para a promoção do homossexualismo. A frase a seguir é de um líder homossexual e refere-se ao montante investido no programa “Brasil sem homofobia”:
“Da proposta inicial do governo de R$ 400 mil, nós conseguimos aumentar este valor para R$ 8 milhões. Atualmente, esse é o orçamento inteiro do programa, mas que ainda é insuficiente para atender a demanda que temos no país”.[8]
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O que está para acontecer
A lei que pretende conceder privilégios ao homossexualismo, criando a figura penal da “homofobia”, está muito longe de ser inofensiva. Já agora os homossexuais militantes, organizados em associações, com o apoio do governo e o aplauso dos meios de comunicação social, vêm obtendo, junto ao Judiciário, indenizações por “danos morais”, pensão alimentícia após a morte do “companheiro” e inclusive o direito de adotar crianças! Há juízes e tribunais decidindo contra a lei, à semelhança daqueles que “autorizam” a prática de um aborto de bebê anencéfalo.
O PLC 122/2006, se convertido em lei, conforme compromisso do presidente, acarretará uma perseguição religiosa sem precedentes em nosso país. Vejamos:
• A proposta pretende punir com 2 a 5 anos de reclusão aquele que ousar proibir ou impedir a prática pública de um ato obsceno (“manifestação de afetividade”) por homossexuais (art. 7°).
• Na mesma pena incorrerá a dona-de-casa que dispensar a babá que cuida de suas crianças após descobrir que ela é lésbica (art. 4°).
• A conduta de um sacerdote que, em uma homilia, condenar o homossexualismo poderá ser enquadrada no artigo 8°, (“ação [...] constrangedora [...] de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”).
• A punição para o reitor de um seminário que não admitir o ingresso de um aluno homossexual está prevista para 3 a 5 anos de reclusão (art. 5°)
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O cerne da questão
No entanto, as conseqüências acima (que já são realidade em países que aprovaram leis semelhantes) não são o principal motivo pelo qual o PLC 122/2006 deve ser rejeitado. O cerne da questão não está nas perseguições que hão de vir caso a proposta seja convertida em lei.
O motivo central pelo qual esse projeto deve ser totalmente rejeitado é que ele pretende dar direitos ao vício. O homossexualismo não acrescenta direitos a ninguém. Se um homossexual praticante tem algum direito, conserva-o apesar de ser homossexual, e não por ser homossexual. O mesmo se pode dizer de qualquer outro vício. O bêbado, o adúltero, a prostituta... só têm direitos como pessoas, mas não por causa da embriaguez, do adultério ou da prostituição.
O homossexual, por ter escolhido livremente praticar esse vício, deve arcar com o ônus de sua opção. Não pode exigir que um seminário o acolha para que ele se torne sacerdote. Nem pode querer impedir que, em uma homilia, um pregador reprove sua conduta. Não pode queixar-se de seu empregador querer demiti-lo temendo a corrupção moral de sua empresa. Não pode exigir que um juiz da infância lhe dê uma criança para adotar. Não pode obrigar uma mãe de família a confiar nele para cuidar de seus bebês. Não pode forçar a população a tolerar seus atos de obscenidade praticados em público.
A simples promulgação dessa lei (Deus não o permita!), independentemente de qualquer efeito persecutório, será uma horrenda mudança qualitativa em nossa legislação. Se aprovada essa lei, por ação ou omissão dos brasileiros, este país ter-se-á rebelado contra Deus, transformando em direito aquele pecado “muito grande” (Gn 18,20) que clamava aos Céus por castigo. É de se temer que nossa pátria tenha um destino semelhante ao que teve a cidade de Sodoma (Gn 19).

domingo, 16 de maio de 2010

SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS

INTRODUÇÃO

Nesta lição, Paulo conclui a sua defesa e a sua autoridade apostólica com importantes advertências a igreja de Corinto. O objetivo de Paulo é de edificação e moralidade na vida daquela comunidade eclesiástica. ” Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” (II Co 13: 5)

I - PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO

O apóstolo Paulo tinha algumas preocupações com a igreja de Corinto devido alguns fatores que surgiram no seio da igreja. A preocupação de Paulo era maior para com os coríntios do que para consigo mesmo. Ele já havia expressado esta preocupação quando da possibilidade de que alguns poderiam não ter se arrependido. Ele fez uma série de advertências, dentre elas estão:

1.1- A defesa do seu apostolado- Ele se preocupava com o estado de sua reputação entre os homens, bem como desejava receber confiança e amor da parte deles. Nenhum homem pode recomendar-se a si mesmo; e mesmo que venha a convencer a outros acerca de sua retidão, nem por isso pode sentir-se aprovado. Somente Deus pode outorgar-se a verdadeira aprovação. “Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.” ( II Co 12:19)

1.2- “…em Cristo…” Em outras palavras, Paulo tinha falado como alguém que se encontra em união vital com o Senhor Jesus .

“Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo.” (I Co 1:4) Esta expressão significa mais do que “como um cristão”, porquanto fala da união vital que identifica um remido com Jesus Cristo.

Aquele vínculo com Cristo impedia Paulo de ser realmente aquilo que seus detratores o acusavam de ser, isto é, “astuto”, “hipócrita” e ” desonesto”.

1.3 - “…perante Deus…” Como quem agia sob a observação dos olhos de Deus, como quem levava em conta a avaliação divina, como quem se sujeitava ao julgamento do Senhor. A Deus é que Paulo se sentia responsável, e não perante os crentes coríntios. Paulo deixa aqui entendido que, na realidade, ele não tinha necessidade de defender-se. A sua vida em Cristo, perante Deus, era a sua real defesa aos homens, para provar qualquer coisa. Não obstante, Paulo apresentara aquela apologia visando o bem dos crentes coríntios, e não a sua própria vantagem ( II Co 2:17; I Co 4:3,4; 1:18,23; 4:2; 5:11;7:12; 11:11,31; Rm1:8; 9:1; Fil 1:8; I Tes. 2:5:10).

1.4- “…Desculpando convosco…” No grego, temos a palavra “apologeomai”, que significa “fazer a defesa”, e não “apresentar desculpas”, que é o sentido da palavra moderna ” apologia”. Na realidade, Paulo não estava falando aqui em pedir desculpas e nem expressava alguma forma de tristeza por causa de alguma ação ou palavra sua. Pelo contrário, Paulo asseverava que não tinha nenhuma necessidade autêntica de defender-se perante os crentes coríntios. No entanto, expusera tal defesa, visando edificação deles (I Co 9:3; Fil 1:7; II Tm 4:16)

TEMAS ENCONTRADOS NA II CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS

PROVAS Paulo experimentou: sofrimento, perseguição e oposiçãoem seu ministério ( II Tm 3:11;II Co 12:10; I Pe 1:11). Deus é quem nos ajuda nas dificuldades (Rm8:35-37).
DISCIPLINA Paulo defende o seu papel na disciplina da igreja.Imoralidade e falsos ensinos eram combatidos (Hb 12:8). A disciplina na igreja serve de correção, nãode vingança. O amor deve reinar nas nossas

ações de correção (I Tm 5:20).

ESPERANÇA Paulo encorajou os coríntios em meio as lutas. Esperançade um novo corpo glorificado (II Co 10:15;II Co 1:7, Rm

5:2; II Tes1:10).
Receberemos novos corpos. A fidelidade aDeus resultará em triunfo ( II Tes 1:12; I Pe

4:11).

SÃ DOUTRINA Houve desafios da parte dos falsos mestres, porém Paulo sepreocupou com as pessoas em defesa da doutrina (Jo

7:17;II Tm 4:3; Ef.4:14).
Nossa motivação está em ensinar a Palavrade Deus (I Tm 4:13; I Tm 6:2).

II - O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO

Paulo tinha um propósito específico para a igreja de Corinto: fortalecer o caráter, consolidar a fé dos coríntios e evitar transtornos entre os crentes daquela época.(Col 2:23, Hb 12:8) A disciplina tem o objetivo de edificar moral e espiritualmente os crentes e não de destruí-las. A exortação mediante o amor fraternal deve permear nesta recomendação pastoral. “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado”. (II Co 12:19)

2.1 “… Receio que… o meu Deus me humilhe no meio de vós…” Por ocasião de sua segunda visita a Corinto, Paulo fora ultrajado, tendo-se sentido humilhado em face das condições que encontrou naquela comunidade cristã. E agora temia que, na terceira visita que ali planejava fazer, não encontrasse condições melhoradas, tendo de passar novamente pela mesma forma de humilhação, vendo seus filhos espirituais tão vendidos pelo pecado, ao egoísmo e à carnalidade.

Paulo emprega três termos similares e que entrecruzam, a fim de expressar o pecado constante dos crentes coríntios, que eram a prática sexual ilícita, a imoralidade e a falta de arrependimento.

2.2- Promover harmonia e arrependimento - Os coríntios precisavam harmonizar e se arrepender de seus atos pecaminosos ( II Co 7:10; II Tm 2:25; Hb 6:1,6).

2.3 - Fortalecer o caráter dos crentes- Caráter do grego, “Kharackter”, significa marca, sinal de distinção, natureza básica do ser humano que o torna responsável pelos seus atos tanto diante de Deus como diante de seus semelhantes(I Pe 5:10, Rm14:4; Hb 12:17). O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, com voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as ações.

2.4 - Consolidar a fé dos coríntios- Eles precisavam crescer e amadurecer a sua espiritualidade. Paulo desejava que todas as divisões entre eles fossem curadas, que não houvesse entre eles contendas e iras. Era preciso evitar pendências, invejas, detratações, mexericos e outros inimigos da paz. (I Co 1:8; II Co 12:20; Gl 5:21; I Tm 6:4; I Pe 2:1)

2.5 - Orientações paulina sobre a disciplina - Paulo dá orientações a respeito da disciplina de forma exortativa para o bem estar e o crescimento espiritual dos corintios. (II Co 2 :5-10) ” Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade”(Hb 12:10). A disciplina na igreja tem o objetivo de buscar restauração na vida do crente.

III - ALGUMAS RECOMENDAÇÕES FINAIS

O apóstolo Paulo encerra sua carta fazendo as últimas recomendações, aconselhando os cristãos daquela época fazerem um auto-exame de suas vidas. O propósito de Paulo nestas recomendações finais era de mostrar que os coríntios podiam reconhecer o relacionamento sincero e a fidelidade dos crentes em Cristo. “Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.” (II Co 13:9)

Paulo alegrava-se em estar fraco, se isso significava que os coríntios estão fortes (II Co 12:7-10; Ef. 6:10) Ele já havia dito que a sua meta era edificá-los, construí-los (II Co 10:8). Sua oração era pela perfeição deles, ou seja, que fossem completos pelo treinamento, pela aprendizagem disciplinada (Ef.4:12; Hb 6:1). Deus lhe deu autoridade para edificar os crentes e não para destruí-los ou desanima-los na caminhada.

CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos a preocupação de Paulo com os crentes de Corinto pelas recomendações finais desta epístola, onde o apóstolo, através de advertências da disciplina, maturidade cristã, encorajamento e mudança de comportamento. Paulo gastou o seu tempo para melhor desenvolvimento ministerial. ” Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” (II Co 12:15)