terça-feira, 28 de junho de 2011

A IMPORTÂNCIA DA EBD NA PROPAGAÇÃO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

Estamos no ano das comemorações do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, e percebo ser este um momento oportuno para revermos alguns aspectos desta história, marcada por grandes lutas, desafios e conquistas.
Tal tarefa contribuirá para superarmos com algumas de nossas limitações na relação entre pentecostalismo e história. A crítica de Freston[1] é pertinente, quando declara que:
O pentecostalismo toma o nome do incidente que está na origem da Igreja cristã, a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, e se vê como um retorno às origens. Não é por acaso que as histórias domésticas se concentram nas origens (épicas) da denominação. Eventos posteriores se reduzem virtualmente à expansão geográfica, ou seja, às origens em outras cidades. Não há muita ideia de desenvolvimento, pois tudo já está contido no evento paradigmático original. Assim, o pentecostalismo tem uma relação difícil com a história. Esta é reduzida a apenas três momentos – a Igreja primitiva, o momento da recuperação da visão (quando nosso grupo começou) e hoje – e cada um desses momentos repete o anterior e descobre nessa repetição a sua única legitimidade.
A prova desta realidade se revela, por exemplo, na falta de ligação do pentecostalismo com a Reforma Protestante e com os demais eventos e movimentos que a mesma desencadeou.
O MOVIMENTO PENTECOSTAL E A REFORMA PROTESTANTE
O Movimento Pentecostal está diretamente associado com a Reforma Protestante, por ter sido este o evento histórico o desencadeador das múltiplas vertentes evangélicas do cristianismo na atualidade.
A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que através da publicação de suas 95 teses protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma interna.
O MOVIMENTO PENTECOSTAL E O PIETISMO
O pietismo foi um movimento de renovação que surgiu no século XVI a XVIII, primeiramente entre os luteranos da Alemanha. Tinha como proposta a complementação da Reforma protestante iniciada por Martinho Lutero. Segundo os pietistas, a reforma doutrinária iniciada por Lutero precisava ser complementada por uma reforma de vida.
Segundo Olson[2], várias foram as questões levantadas pelos pietistas em relação aos efeitos da Reforma, entre elas:
- A ênfase de Lutero nos aspectos objetivos da obra de Deus, ressaltando a justificação pela graça mediante a fé, o perdão e a imputação da justiça de Cristo ao pecador;
- Achavam que Lutero teria rejeitado a ideia da doutrina da conversão pessoal como aspecto indispensável da iniciação cristã;
- A ortodoxia luterana e seu enrijecimento geral das categorias doutrinárias, mediante a sistematização racional e formulações doutrinárias extremamente detalhistas, construídas e elaboradas a partir da lógica aristotélica. A ortodoxia luterana era chamada pelos pietistas de “ortodoxia morta”. Chegou-se a criar o seguinte lema: “melhor uma heresia viva do que uma ortodoxia morta”;
- A aridez espiritual nos principais centros acadêmicos e universidades luteranas;
- A ênfase nos debates acadêmicos e discussões doutrinárias e teológicas que em nada agregavam valor à fé cristã;
- O desperdício de energia e tempo com críticas a outras formulações doutrinárias e sistemas teológicos, promovendo um infrutífero intelectualismo;
- O crescimento de uma letargia espiritual, moral e teológica.
Os Principais Nomes do Pietismo
Quatro foram os principais idealizadores, organizadores e propagadores do pietismo:
- Johann Arndt (1555-1621). O precursor do pietismo, que escreveu um livro de grande influência, considerado por muitos historiadores como a “Bíblia” do pietismo, intitulado: Quatro livros sobre o cristianismo verdadeiro.
- Philipp Jakob Spener (1635-1705). Considerado o patriarca do pietismo, escreveu a obra Pia desideria (desejos piedosos), em 1675, que contém uma crítica contundente sobre as condições existentes na igreja estatal luterana na Alemanha de sua época.
- Auguste Hermann Francke (1663-1727). É considerado o gênio organizador do pietismo. Ajudou a fundar a Universidade Pietista de Halle, criou várias instituições de caridade, escolas para ricos e pobres, um orfanato, uma editora e um centro missionário. Tornou-se o educador mais respeitado da Alemanha. Foi homem das letras e das obras.
- Nikolaus Ludwig Von Zinzendorf (1700-1760). Foi considerado excêntrico, levando o pietismo ao extremo, ainda que permanecesse dentro dos parâmetros da teologia ortodoxa luterana, sem abri mão de criticá-la. Combateu veementemente a teologia formal e sistemática. Colocou a experiência cristã e os sentimentos piedosos no âmago do cristianismo autêntico e deixou a teologia e doutrinas formais em segundo plano. O legado de Zinzendorf se encontra em todos os seguimentos do cristianismo posterior que se deleita em emoção e sentimentos espirituais.
O MOVIMENTO PENTECOSTAL E O METODISMO WESLEYANO
O metodismo foi um movimento de avivamento espiritual cristão que surgiu na Inglaterra do século XVIII, que enfatizou a relação íntima do indivíduo com Deus, iniciando-se com uma conversão pessoal e seguindo uma vida de ética e moral cristã. O metodismo foi liderado por John Wesley (1703-1791), ministro da Igreja Anglicana, e seu irmão Carlos Wesley, considerado um dos maiores expoentes da música sacra protestante.
Os Antecedentes Históricos do Metodismo
Conforme Noll[3], na Inglaterra do século XVIII imperava um controle rígido da igreja estatal sobre as práticas eclesiásticas. Os batistas, congregacionais e presbiterianos, oriundos do puritanismo, movimento que tentou purificar a Igreja Anglicana dos “muitos trapos do papado”[4], precisavam de autorizações especiais para a realização de seus cultos.
Em 1730 João e Carlos Wesley, juntamente com outros amigos começaram a reunir-se em Oxford para estudar juntos, organizando uma pequena sociedade, que recebeu de seus críticos e observadores o nome de “clube santo”, “devoradores de Bíblia” e “metodistas”. Conforme Gonzalez[5]:
Os membros dessa sociedade se comprometiam a levar uma vida santa e sóbria, a receber a comunhão uma vez por semana, a cumprir fielmente suas devocionais particulares, a passar três horas reunidos cada tarde, estudando as Escrituras e outros livros religiosos, e a visitar os cárceres regularmente.
Os críticos usaram o termo “metodistas” porque, segundo entendiam, queriam encontrar e praticar um método de espiritualidade[6].
João Wesley não se propôs a fundar uma nova Igreja ou denominação, mas grupos de renovação na Igreja da Inglaterra (Igreja Anglicana).
Uma das práticas revolucionárias de Wesley foi a pregação ao ar livre. Em seu diário registrou que em 02/04/1733:
Às quatro da tarde, eu me sujeitei a ser o mais desprezível e proclamei nos caminhos as boas novas da salvação, falando de uma pequena elevação numa área próxima da cidade a cerca de 3.000 pessoas [...]. (NOLL, ibidem)
Em 24 de maio de 1738, uma experiência marcou profundamente a vida de Wesley:
À noite, fui de muita má vontade a uma sociedade na rua Aldersgate, onde alguém lia o prefácio de Lutero à Epístola aos Romanos. Quando faltava um quarto para as nove, enquanto ele descrevia a mudança que Deus opera no coração mediante a fé em Cristo, senti em meu coração um ardor estranho. Senti que confiava em Cristo, e somente nele, para minha salvação e me foi dada a certeza de que ele havia resgatado os meus pecados, e me havia salvo da lei do pecado e da morte. (GONZALEZ, ibidem, p. 177)
Após essa experiência, num período onde as estradas não ajudavam em termos de boas condições, John Wesley percorreu cerca de 380 mil km (a maior parte a cavalo), pregou cerca de 40.000 sermões (uma média de mais de dois por dia).
Assim como os pietistas, Wesley afirmava que a mera declaração verbal, e a adequação a um conjunto de doutrinas, não transformava ninguém de imediato num cristão autêntico. Seria necessário vivenciar uma experiência transformadora com Deus.
Para Noll (ibidem, p. 234), as práticas do metodismo continuaram a moldar a vida e a doutrina protestante, influenciando denominações inteiras, entre elas as Assembleias de Deus.
O MOVIMENTO PENTECOSTAL E O SEGUNDO GRANDE DESPERTAMENTO
A obra de revitalização promovida pelos irmãos Wesley deu origem ao evangelicalismo moderno (NOLL, ibidem, 238). Entre os anos de 1800 e 1900, período onde se vivenciou o Segundo Grande Despertamento, e que se desenvolveu o Movimento Holiness.
Os principais nomes que sequenciaram o Grande Avivamento promovido pelo metodismo wesleyano foram, dentre outros:
Peter Cartwright (1785-1872)
Cartwright desenvolveu seu ministério entre os anos de 1803-1871, e foi o maior pregador de seu tempo. Ele pregou não menos de 25 mil vezes, e dirigiu encontros em acampamentos por 52 anos para cerca de 10.000 pessoas por encontro. Durante o tempo em que esteve atuando, o movimento metodista passou de 65.000 para dois milhões de seguidores.
Charles Finney (1792-1875)
Charles Grandison Finney foi pregador, professor, teólogo, abolicionista e avivalista estado-unidense, um dos líderes do Segundo Grande Despertamento.
Foi responsável por várias inovações no ministério religioso, tais como a censura pública e nominal de pessoas durante o sermão, a permissão da manifestação das mulheres em cultos para ambos os gêneros, o apelo e outros. Suas perspectivas doutrinária e práticas evangelísticas são bastante polêmicas. Era também famoso por realizar seus sermões de improviso.[7]

Dwight L. Moody (1837-1899)
Moody cresceu num contexto que foi influenciado grandemente pelo pensamento de Peter Catwright e de Charles Finney. Também conhecido como D.L. Moody, foi um evangelista e editor americano que fundou a Igreja Moody, a Escola Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts (agora chamada Escola Northfield Mount Hermon), o Instituto Bíblico Moody e a Moody Press.
Em uma viagem à Inglaterra, Moody se fez mais conhecido como evangelista, a ponto de haver sido chamado de maior evangelista do século XIX. Sua pregação teve um impacto tão grande como as de George Whitefield e John Wesley dentro da Grã-Bretanha, Escócia e Irlanda. Foi contemporâneo do pregador Charles Haddon Spurgeon, chegando a pregar, nessa ocasião de sua viagem, no Tabernáculo Metropolitano de Londres, em 1873. Em várias ocasiões encheu estádios com capacidade entre 2 mil e 4 mil pessoas. Em uma reunião no Botanic Gardens Palace se juntaram entre 15.000 e 30.000 seguidores. Este séqüito continuou em 1874 e 1875, com as multidões em todas as reuniões. Quando voltou aos Estados Unidos, as multidões de 12.000 a 20.000 eram tão comuns como na Inglaterra. Suas reuniões evangélicas se celebraram de Boston a Nova York, passando por Nova Inglaterra e outros povos da costa oeste, como Vancouver e San Diego.[8]
OS PIONEIROS DO MOVIMENTO PENTECOSTAL
A origem do movimento pentecostal se relaciona diretamente com o movimento de santidade (Holiness), nascido e difundido entre os metodistas e as igrejas independentes nos EUA, no século XIX, durante o período do segundo despertamento.
Os dois nomes de maior relevância entre os pioneiros do movimento pentecostal são Charles Parham e William Seymour. Ambos estiveram envolvidos diretamente com os movimentos e pensamentos que estiveram presentes na origem do pentecostalismo.
Charles Fox Parham (1873-1929)
Parham formulou a teologia do pentecostalismo clássico, com destaque às línguas como evidência inicial do batismo com o Espírito Santo (com ênfase na xenolalia). Em 1890 ingressou no Southwest Kansas College e, por três anos lutou com seus estudos e sua chamada para pregar.
Em 1893 abandonou os estudos para assumir o pastorado temporário de uma igreja metodista. Em 1895 deixou a igreja metodista para iniciar um ministério independente. No ano de 1898 fundou com sua esposa Sarah Thistlethwaite em Topeka, o Bethel Healing Home (Casa de Cura Betel), onde oferecia ensino sobre a fé para pessoas que buscavam a cura divina[9].
Em 1900 fundou o Bethel Bíble School, com o propósito de preparar missionários. Antes de sair par uma de suas viagens, instruiu os seus 34 alunos para pesquisarem no livro de Atos sobre qual seria a evidência do batismo com o Espírito Santo, onde chegaram a conclusão que seria o falar em outras línguas. Em 1º de janeiro de 1901, uma de suas alunas, Agnes Ozman, experienciou a tão desejada e aguardada bênção[10].
William Seymour (1870-1922)
Seymour foi o filho mais velho de escravos libertos, conforme o Censo de 1880 da região de Luisiana, onde nasceu, Seymour frequentou uma escola onde aprendeu a ler. Converteu-se na “negra Methodist Episcopal Church” em Indianápolis, e em seguida frequentou também a Evening Light Saints, a atual Church of God. [11]
Entre o final de 1899 e início de 1900, mudou-se para Cincinnati (Ohio), onde parece ter frequentado a God´s Bible School, dirigida por Martim Wells Knapp. A escola dedicava-se basicamente ao estudo da Bíblia e ao treinamento dos seus alunos para serem trabalhadores nos “grandes campos brancos, prontos para a colheita”. Mudou-se para Houston (Texas) entre 1902 e 1903, onde começou a realizar reuniões evangelísticas. Baseado numa “revelação especial”, Seymour foi para Jackson (Mississipi), onde ficou sob a liderança de Charles Price Jones, líder da Santidade Wesleyana no Sul dos EUA e co-fundador da Church of God in Christ, ao lado de Charles Harrison Manson.[12]
Em 1905 voltou para Houston, onde recebeu a liderança de uma pequena igreja fundada por Lucy Farrow, uma viúva afro-americana. Com o retorno de Charles Fox Parham para Houston, Seymour foi logo incentivado por Lucy Farrow a estudar em sua escola bíblica, e aprender sobre o batismo com o Espírito Santo. Por causa da segregação racial imposta pelas leis na região, Seymour ouvia as aulas do lado de fora da sala, através da porta entreaberta.[13]
Seymour ficou ligado ao trabalho de Parham até o início de fevereiro de 1906, quando já tinha ajustado o sistema teológico da Santidade Wesleyana com o ensino de Parham sobre o batismo com o Espírito Santo evidenciado pelo falar em outras línguas. Aceitando o convite da comunidade negra de Los Angeles para pastorear uma igreja da Santidade, que havia sido fundada por Julia W. Hutchins, a contragosto de Parham, para lá partiu, chegando em 22 de fevereiro de 1906.
Os ensinos de Seymour acerca do batismo com o Espírito Santo foram rejeitados por Julia Hutchins, e ele acabou impedido de entrar no prédio da igreja. Pediu socorro a um dos membros da igreja, Edward Lee, que lhe acolheu em casa. Foi convidado então por Lee a ministrar num pequeno grupo de estudo bíblico que se reunia na Rua Bonnie Brae, 214, em casa de Richard e Ruth Asberry, onde continuou a ensinar sobre o batismo com o Espírito Santo com a evidência do falar em outras línguas, apesar de ainda não o ter recebido. Em 9 de abril de 1906, vários membros daquele grupo de estudo começaram a falar em outras línguas. Como muitos foram atraídos pelo fenômeno, Seymour foi obrigado, por volta de 15 de abril, a buscar um local mais adequado para as reuniões. Foi alugado então um prédio vazio, onde funcionara a Stevens African Methodist Episcopal Church, na Rua Azusa, 312.[14]
O pentecostalismo difundido a partir da Rua Azusa alcançou dimensões gigantescas, influenciando pessoas e nações.
O MOVIMENTO PENTECOSTAL E OS PIONEIROS DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL
Os pioneiros do Movimento pentecostal no Brasil foram os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em terras brasileiras em 19 de novembro de 1910. Eles vieram dos Estados Unidos. Conforme Freston[15]:
A Suécia da época não era a próspera sociedade do bem-estar em que se transformou posteriormente. Era um país estagnado com pouca diferenciação social., forçado a exportar grande parte da população. Mais de um milhão de suecos emigram para os Estados Unidos entre 1870 e 1920.
Daniel Berg chegou aos Estados Unidos em 25 de março de 1902, e GunnarVingren em novembro de 1903.
Vingren e Berg tinham o propósito de pregar a mensagem pentecostal. Não intencionavam abrir igrejas ou fundar uma nova denominação. O desejo dos missionários era que a mensagem pentecostal, com ênfase no batismo com Espírito Santo evidenciado pela manifestação do falar em outras línguas, fosse recebida pelas igrejas no Brasil, proporcionando dessa forma um grande despertamento espiritual.
O projeto dos missionários enfrentou uma tão grande resistência, que acabou promovendo uma divisão na Primeira Igreja Batista do Pará, vindo este fato a contribuir para o surgimento daquela que se tornaria a maior denominação pentecostal do mundo na atualidade, a Assembleia de Deus.
A data de 18 de junho de 1911 é tida como a data oficial da fundação da igreja, que inicialmente foi chamada de "Missão da Fé Apostólica". Em 11 de janeiro de 1918, Gunnar Vingren registrou em cartório a "Sociedade Evangélica Assembléia de Deus". A Assembleia de Deus não foi "trazida" para o Brasil. Nenhuma ação missionária foi empreendida ou promovida por uma Assembleia de Deus estrangeira neste sentido. Ela é genuinamente brasileira. Apenas o nome coincide com grupos que nos Estados Unidos assim denominavam-se.
Vingren e Berg não tiveram por ocasião da partida dos Estados Unidos nenhum suporte ministerial ou financeiro de igreja ou de alguma organização cristã missionária americana ou sueca. O relato de Gunnar Vingren em seu diário deixa isso evidente[16]:
Tanto eu com Daniel já tínhamos recebido todas as confirmações de nossa chamada divina. Agora só restava nos ocupar dos preparativos, e ver o que tínhamos de levar conosco. Porém, em vez de receber alguma coisa, tivemos de dar tudo. Eu havia sacrificado o privilégio de ter cursado durante quatro anos no seminário batista, e renunciado a chance de ser enviado como missionário deles à Índia. E o Daniel também não tinha nada. Ali estávamos os dois sem nenhum recurso, sem pertencer a nenhuma denominação. Porém pertencíamos à denominação do Céu.
O apoio que os missionários receberam da missão sueca, principalmente através da Igreja Filadélfia de Estocolmo, presidida pelo pastor Lewi Pethrus foi algo que aconteceu posteriormente. Em 10 de outubro de 1914 chegou ao Brasil o primeiro casal de missionários ligado à missão sueca, Otto e Adina Nelson, oriundos da cidade de Chicago, EUA. Em 05 de junho de 1916, na Igreja Filadélfia de Estocolmo, o casal Samuel e Lina Nyström foram separados para o trabalho missionário no Brasil, aonde chegaram no dia 18 de agosto de 1916, na cidade de Belém do Pará.
Lewi Pethrus e Daniel Berg foram grandes amigos durante a juventude na Suécia.[17] Desceram às águas batismais no mesmo dia, em 12 de fevereiro de 1899[18]. Certamente, a amizade entre Petrus e Berg foi decisiva para o apoio da missão sueca ao trabalho dos pioneiros no Brasil. Daniel Berg viajou para a Suécia em 1914, ocasião esta onde manteve contato com Lewi Pethrus, e foi convidado para pregar, dar um relatório do trabalho no Brasil, e levantar uma oferta na Igreja Filadélfia de Estocolmo[19].
Dos dois missionários pioneiros, apenas Gunnar Vingren tinha formação teológica. Ele realizou seus estudos na Faculty of the Divinity School, de 1904 a 1909, sendo diplomado pela Swedish Theological Seminary, da University of Chicago (USA).
Com o passar dos anos, outros missionários (suecos, escandinavos e americanos) vieram para o Brasil no sentido de cooperar com a evangelização da nação, e com a expansão daquela que se tornaria a maior igreja evangélica no Brasil, que no seu Centário alcança os índices de cerca de 10% da população brasileira, e de aproximadamente 50% da população evangélica.
A IMPORTÂNCIA DA EBD NA PROPAGAÇÃO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL
A Escola Bíblica Dominical cumprirá o seu papel de agência propagadora do Movimento Pentecostal, na medida em que:
- Propagar a história do Movimento Pentecostal
- Propagar a doutrina do Movimento Pentecostal
- Priorizar o papel do Espírito Santo na Educação Cristã
“Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.” (Lc 4.14-15)

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